A Honda apresentará ao público, no próximo dia 23, a nova geração do City. Mais do que um novo carro, o lançamento representa uma total revisão da estratégia comercial da marca, do reduzido portfólio de produtos nacionais e do próprio papel do City no Brasil, que de mero coadjuvante de vendas desde que foi apresentado aqui, em 2009, ganhará status de protagonista absoluto.

Prova cabal dessa reviravolta é que a terceira geração terá, além da sedã, a carroceria hatch. Ou seja: na prática, o City passará a ser, na verdade,duas das quatro opções nacionais que a Honda exibirá nas lojas no futuro próximo. Sim, ao lado dos crossovers HR-V e WR-V, porque Fit e Civic já têm sentença de morte decretada, ainda que extraoficialmente.

Enquanto o City hatch se destinará a amealhar atuais e potenciais clientes do Fit, a configuração sedã tem a natural missão de seguir na briga de seu segmento e — por que não?, ao menos num primeiro momento — também atrair parte dos consumidores do Civic, que ficarão apenas parcialmente desassistidos.

Isso porque, diferente do monovolume compacto, que passará aos catálogos comerciais de memórias sem uma segunda chance, o Civic, pioneiro nacional e líder histórico de vendas da marca, ressuscitará nas concessionárias com passaporte estrangeiro ainda no transcorrer de 2022.

Importado da América do Norte, ele seguirá como sombra do Toyota Corolla, mas claramente com menores possibilidades de incomodá-lo na liderança entre os sedãs médios, como aconteceu em algumas oportunidades.

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Sem Fit e o Civic nacional, o novo City, produzido em Itirapina, SP, terá apenas o HR-V como adversário na disputa pelo título de Honda mais vendido do Brasil e ainda com a vantagem de ter configurações hatch e sedã. Precisará, é verdade, eliminar a atual enorme vantagem do SUV.

De janeiro a outubro, o City acumulou 5,9 mil licenciamentos e aparece somente na quinta colocação entre os Honda mais negociados. O líder é exatamente o HR-V, com 31,8 mil unidades emplacadas, seguido do Civic, 15,7 mil, WR-V, 8,4 mil e do Fit, que acumulou 6,3 mil emplacamentos.


Foto: Divulgação

George Guimarães
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