As vendas de automóveis premium patinaram no Brasil em 2021. Considerados os emplacamentos somados de Audi, BMW, Land Rover, Mercedes-Benz e Volvo, historicamente as marcas de maior volume do segmento, ficaram em 39,6 mil unidades, queda de 3% sobre o resultado do ano anterior, segundo aponta a Fenabrave.

Mas o quadro é muito diferente quando se observa o desempenho individual de cada uma das marcas. A BMW, na verdade, só teve a comemorar no encerramento de dezembro. Com produção local de vários modelos, negociou 14.522 unidades, um expressivo crescimento de 17% sobre 2020.

O número assegurou a liderança tranquila da marca pelo terceiro ano consecutivo, com mais de 36% das vendas do segmento e larga vantagem sobre a Volvo, que colocou nas ruas 8.277 automóveis, aumento bem inferior, de 7%, mas o suficiente para alçá-la à segunda posição no ranking.

Para alcançar o vice-campeonato dos carros premium a Volvo teve uma forte “ajuda” da própria Mercedes-Benz, até então a segunda colocada e que facilitou — e muito — a vida da concorrente ao encerrar a produção nacional de veículos em Iracemápolis, SP, no fim de 2020.

Dentre as cinco concorrentes, a marca alemã teve a maior queda nos licenciamentos em 2021. Contra os quase 9,2 mil registrados no ano anterior, contabilizou somente 5.412 em 2021, um tombo de nada menos do que 59%,  que a deixou na modesta quarta colocação.

Por pouco, exatos 243 licenciamentos, a Mercedes não caiu ainda mais, para quinta posição, já que a Land Rover, outra que segue com fábrica no Brasil, alcançou 5.169 unidades vendidas, evolução de 12% na comparação anual.

Desde 2018, quando encerrou na ponta ao vender quase 14,4 mil veículos, a Mercedes-Benz coleciona três anos seguidos de declínio.  Em 2019, por exemplo, negociou 12,2 mil automóveis, mais do que o dobro do ano passado.

A terceira marca alemã, a Audi, que também interrompeu em 2020 sua produção no Paraná, mas que já anunciou o retorno de montagem CKD ainda este ano, também amargou queda, ainda que bem menor. Vendeu 6.260 veículos no ano passado, 10% a menos, e ficou na terceira colocação.

“Superamos um ano de incertezas com uma estratégia de pensarmos como uma startup e agirmos como uma empresa centenária. Para 2022, continuaremos com o mesmo foco, principalmente voltado à eletrificação, com o lançamento, entre outros, dos novíssimos BMW iX e i4”, comemora Aksel Krieger, CEO e Presidente do BMW Group Brasil.

Veículos eletrificados foram, de fato, o grande destaque da BMW no ano passado no mercado interno. Somaram 2.661 unidades emplacadas, 18% do total negociado pela marca e 162% a mais do quem em  2020. “E cresceremos acima do mercado mais uma vez [em 2022]”, alerta Roberto Carvalho, Diretor Comercial da BMW do Brasil.

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Foto: Divulgação

George Guimarães
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