No ano passado, a ZF contabilizou receita global de € 48,8 bilhões, crescimento de 14% em relação ao exercício de 2021, quando somou 38,3 bilhões. O EBIT ajustado superou € 2 bilhões com margem de 4,7% ante € 1,9 bilhão e 5%, respectivamente, anotados no anterior.
De acordo com a empresa, a expansão nas vendas foi acima do que apresentou os mercados de veículos, mas avalia que precisa melhorar resultados. “Melhor rentabilidade e maior fluxo de caixa são pré-requisitos importantes para permanecermos fortes em Pesquisa e Desenvolvimento e reduzirmos nossa dívida financeira. Estamos trabalhando intensamente em ambos os tópicos”, disse em nota Michael Frick, CFO da ZF.
Em 2022, a ZF fez investimento recorde em P&D de € 3,4 bilhões. O fluxo livre de caixa para fusões e aquisições foi de € 544 milhões, em contraponto aos € 991 milhões apurados em 2021. A empresa finalizou o exercício com dívida líquida de € 10,4 bilhões frente a € 10,1 bilhões de antes.
“Embora tenhamos feito mais progresso com nossa estratégia em 2022, não podemos estar satisfeitos com este resultado financeiro”, disse o CEO da ZF, Holger Klein. “Nossa tarefa mais importante é nos concentrarmos, promover mudanças e ganhar velocidade. Lançamos um programa de desempenho abrangente para acelerar processos, simplificar a tomada de decisões e manter a disciplina de custos.”
Com base na estratégia “Mobilidade da Próxima Geração”, a ZF planeja unir as divisões de Tecnologia de Chassis de Carros e a de Sistemas de Segurança Ativa em uma nova unidade que abrangerá tecnologias de chassis, direção e freios.
Algumas áreas também deverão atuar independente para que possam crescer de maneira mais rápida, como a divisão de Sistema de Segurança Passiva e os negócios de eixos de automóveis convencionais e ônibus autônomo. “Estamos procurando investidores externos como parceiros para áreas atrativas com potencial de crescimento muito bom e altos requisitos de investimento”, revelou o CEO.
Para 2023, a ZF trabalha com a perspectiva de vendas menores, em torno de € 45 bilhões e margem de EBIT ajustada entre 4,7% e 5,7%. A empresa espera mais um período desafiador ao ponderar a redução contínua na produção de veículos dos últimos anos, além das incertezas provocadas pelos cenários econômicos e geopolíticos globais.
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Foto: ZF/Divulgação
