Apesar do crescimento dos negócios no comparativo de junho sobre maio, o segmento de máquinas representado pela Anfavea segue com números negativos no ano. No caso das agrícolas, foram comercializadas 29,5 mil unidades até junho, queda de 6,8% sobre as 31,6 mil do mesmo período de 2022.

A venda de máquinas rodoviárias teve queda ainda maior, de 14,8%, baixando de 18,2 mil par 15,5 mil unidades no mesmo comparativo. O balanço do segmento é divulgado com um mês de atraso por não envolver emplacamentos e depender, assim, dos números fornecidos pelos fabricantes que atuam no País.

Fenabrave e Anfavea atribuem a retração no mercado de máquinas agrícolas à baixa no preço das commodiities. “Os valores das commodities, especialmente as cotadas em dólar, caíram recentemente, o que diminui o ritmo dos novos negócios”, comenta José Maurício Andreta Jr., presidente da entidade que representa os concessionários.

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Na sua avaliação, o fato de o Plano Safra ter sido lançado apenas na última semana de junho impede uma análise sobre o real comportamento dos produtores frente aos benefícios liberados.

Também Jefferson Biaggi, vice-presidente da Anfavea responsável pela área agrícola, diz ser necessários aguardar os números de julho e agosto para ver a reação frente ao Plano Safra. Ele, contudo, está otimista com dias melhores tanto nesse mercado como também no de máquinas rodoviárias.

A queda de juros, na sua opinião, sinaliza dias melhores e a perspectiva de os números negativos serem revertidos até o final do ano. “Os indicadores, como a queda da taxa Selic, são positivos e ainda acreditamos em crescimento no ano”.

Com relação às exportações, as de máquinas agrícolas registram queda de 5,2% no semestre, para 5,5 mil unidades, enquanto as das rodoviárias têm alta de 9,4%, para 6,1 mil unidades.


Foto: Divulgação/New Holland

Alzira Rodrigues
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