O retrato pintado pelos números da produção de veículos pesados ao fim do primeiro bimestre indica o início da retomada dos segmentos de caminhões e ônibus. Ao menos assim, avaliou a Anfavea na apresentação dos resultados do setor automotivo, na quinta-feira, 7. “O desempenho, até agora, mostra o começo da normalidade”, resumiu Eduardo Freitas, vice-presidente da associação.

Os volumes anotados certamente reforçam a percepção do dirigente. No segmento de caminhões, a produção de fevereiro superou 10,1 mil unidades, altas de 28% em relação a janeiro (7,9 mil) e de 25,1% no confronto com o mesmo mês do ano passado (25,1%).

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No acumulado dos dois primeiros meses, o crescimento chegou a 48,7%, para 18,1 mil caminhões ante os 12,1 mil registrados há um ano.

Freitas, no entanto, também pondera que os robustos índices de crescimento porcentuais são reflexos de uma base de comparação baixa. “O começo do ano passado foi marcado pela introdução do Proconve P8. O transportador, para se proteger do aumento de custo do veículo, comprou da produção de 2022 e, portanto, desacelerando as atividades nas fábricas.”

Caminho da Escola e eleições municipais deverão aquecer o segmento de ônibus

A mesma análise cabe ao segmento de ônibus. Em fevereiro, saíram das linhas de montagem 2,2 mil chassis, volume 42,9% superior ao de janeiro (1,5 mil) e 77,9% maior em relação ao mesmo mês de 2023 (1,2 mil).

No primeiro bimestre, as fabricantes produziram mais de 3,8 mil chassis, alta de 87,8% sobre pouco mais de 2 mil unidades montadas um ano atrás.

O dirigente aponta mecanismos que deverão movimentar de maneira positiva os segmentos pesados ao longo do ano. O Novo PAC com investimentos previstos que somam mais de R$ 1,7 trilhão em todos os estados brasileiros e, em especial, para o segmento de ônibus, o Programa Caminho da Escola, cujo mais recente leilão realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), licitou 16 mil ônibus escolares, e as eleições municipais.


Foto: Volvo/Divulgação

Décio Costa
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