Apesar dos impactos negativos gerados com o avanço do contágio da Covid-19, a Marcopolo anotou resultados positivos no balanço do primeiro trimestre do ano. No período a receita líquida da empresa alcançou R$ 919,4 milhões, valor 2,3% superior ao obtido no mesmo trimestre do ano anterior, de R$ 898,6 milhões.

Os negócios efetuados no mercado brasileiro se mostraram como a maior alavanca no desempenho, com participação de 51,1% no faturamento total. De janeiro a março, as vendas de ônibus geraram R$ 469,6 milhões, 14,2% maior em relação ao valor registrado um ano antes, de R$ 411,3 milhões.

Segunda José Antonio Valiati, diretor financeiro e de Relações com os investidores da Marcopolo, o balanço traduz os efeitos da Covid-19 nos mercados externos, afetados pela pandemia antes do Brasil que, até então, seguia trajetória de crescimento. “A queda de produção e entregas no Brasil aconteceu somente no final do mês de março, quando a empresa adotou as férias coletivas em todas as unidades no País.”

Alta da EBTIDA, lucro menor

Ainda a receita proveniente dos mercados externos cresceu 6,3%, de R$ 221,9 milhões registrados no primeiro trimestre de 2019 para R$ 235,9 milhões faturados de janeiro a março de ano.

O EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) no primeiro trimestre atingiu R$ 101,9 milhões, alta de 6,8% e margem de 11,1%, 4 pontos porcentuais a mais na comparação com o desempenho de um ano atrás, quando anotou R$ 60,6 milhões e margem de 6,7%.

O lucro líquido da Marcopolo nos primeiros três meses do ano chegou a R$ 10,7 milhões, 60,3% menor em relação do resultado apurado no primeiro trimestre do ano passado, de R$ 27 milhões. A margem foi de 1,2% contra 3% de margem líquida anotada no mesmo período do ano anterior.

Ritmo no chão de fábrica

No primeiro trimestre as operações industriais da Marcopolo produziram pouco mais de 3,4 mil unidades, 2,7% inferior aos 3,5 mil ônibus montados nos três primeiros meses do ano passado. A operação brasileira foi responsável por 2,9 mil unidades, pequena queda de 1%. Do total produzido no Brasil, 693 ônibus se destinaram a mercado externo, uma queda de 30,6% em relação aos 999 ônibus embarcados um ano antes.

Segundo comunicado, a Marcopolo estima um segundo trimestre de menor demanda em todos os mercados, mas ao considerar o atual ritmo de pedidos e de produção, associado às adoções de medidas de reduções de custos e dispositivos governamentais, a empresa confia em atravessar o momento desafiador com segurança e consistência.

“Iniciamos a crise com uma boa carteira de pedidos e houve poucos cancelamentos. Desde o fim das férias coletivas, mantemos aproximadamente 50% da mão de obra em atividade nas unidades nacionais e, apesar da produção em volumes menores, continuamos recebendo novos pedidos diariamente, tanto para o mercado interno, como, em especial, para o mercado externo, compondo uma carteira que, mantido o ritmo atual de produção no Brasil, teremos estabilidade até o fim de julho”, destaca o diretor financeiro.

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Foto: Vinicius Pauletti/Marcopolo-Divulgação

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