A Fenatran, maior evento do setor de transportes rodoviário de cargas da América Latina, não acontecerá mais em 2021, como estava previsto. A organizadora Reed Exhibitions, que passa agora a ser conhecida apenas como RX, entrou em acordo com os expositores, especialmente as fabricantes de caminhões, para adiar a mostra em mais de um ano.

A 23ª edição da feira de transportes estava marcada inicialmente para18 a 22 de outubro no São Paulo Expo, em São Paulo. A continuidade e agravamento da pandemia, além das perspectivas mais alongadas de imunização da população, justificaram o adiamento para novembro de 2022.

“A medida tem como base a reavaliação do cenário atual da pandemia de Covid-19 no Brasil e na cidade de São Paulo, e está alinhada com as expectativas e recomendações de entidades e empresas do setor”, afirmam os organizadores. “Superar o contesto atual é ainda um desafio”, admite Luiz Belini, diretor de portfólio da RX.

O adiamento da Fenatran não chega a ser uma surpresa. Ainda que não de forma oficial, duas das maiores montadoras de caminhões instaladas no Brasil, Mercedes-Benz e Volkswagen Caminhões e Ônibus, já tinham manifestado que não participariam da edição deste ano. A própria Anfavea, apoiadora do evento, também admitira que não teria seu tradicional estande no evento.

A última edição da Fenatran foi realizada em 2019 e contou com mais de 65 mil visitantes. A de 2022 tem como datas 16 a 20 de novembro, também no São Paulo Expo, em São Paulo. O hiato de quase três anos entre uma e outra a RX pretende “preencher” com série de eventos virtuais batizados de Rota Digital Fenatran.

Pelo menos nos próximos quatro meses, via plataforma da RX, serão realizados fóruns, painéis de discussão sobre o mercado e futuro da indústria de transportes, rodadas de negócios online, apresentação de veículos e test-drives virtuais e interativos.

“Com essa iniciativa, vamos consolidar a Fenatran como uma plataforma permanente de negócios”, afirma Ana Paula Pinto, gerente do evento, que promete novidades em várias frentes da edição 23ª, que seguirá mesclando o evento físico com o mundo digital.

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“O modelo do evento não mudará”, completa Bellini, mas que reconhece que os grandes expositores já demandam áreas menores nos pavilhões do São Paulo Expo.

Essa maior disponibilidade de áreas, pondera o executivo, permitirá que a RX abra oportunidade, a preço mais acessível,  para a presença física de empresas menores, como as de e-commerce, que também devem se valer das ferramentas digitais da mostra e que ameallharam perto de 400 mil “visitantes” na edição de 2019.


Foto: Divulgação

George Guimarães
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